A 11 de maio de 1981, em Miami (EUA), o músico jamaicano Robert Nesta Marley, considerado o rei do reggae, morria deixando órfãos milhões de fãs em todo o mundo. A morte do ídolo, no entanto, não significou enfraquecimento das vendagens de seus discos, muito pelo contrário. Os números ultrapassam 200 milhões de cópias e, além disso, com a morte veio o mito. As excursões a Nine Miles, cidade jamaicana onde Bob nasceu, são diárias e constantes e as lojinhas de souvenirs fazem a festa.
No entanto, o medo de que o artista se torne apenas mais um motivo comercial é o mesmo de que ele seja esquecido. "Seu objetivo nunca foi comercial", explica o amigo Herbie Miller. "O dinheiro não era a principal motivação" de Bob Marley. O fato é que, na Jamaica, o seu legado de luta e espiritualidade parece estar sendo deixados para trás. Miller afirma que "o poder da Jamaica tenta suavizar" o lado comprometido de Bob Marley com as questões de liberdade e defesa dos oprimidos. Já a Fundação Marley lamenta a "falta de eventos comemorativos dos 30 anos de morte do cantor", e afirma que sua música já não tem mais a mesma força.
Aqui no Brasil o reggae foi introduzido por nomes como Gilberto Gil e a banda Titãs e hoje é representada por diversos artistas que ainda reconhecem no jamaicano uma fonte incessante de inspiração. O baiano Edson Gomes, natural do Recôncavo, é, sem dúvida, um dos mais coerentes representantes do reggae como arma de luta pela justiça social, sendo considerado por muitos o ‘rei do reggae’ nacional. Entre os mais jovens destacam-se nomes como Diamba e Irmandade Brasmorra.
Fonte: BahiaNotícias
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